quinta-feira, 18 de junho de 2009

STF decide que diploma de jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão

Do UOL Notícias - 17/06/2009 - 16h41

Por 8 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na sessão desta quarta-feira (17) que o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão.

Votaram contra a exigência do diploma o relator Gilmar Mendes e os ministros Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso de Mello. Marco Aurélio defendeu a necessidade de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão. Os ministros Joaquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.

Para o relator, danos a terceiros não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Mendes acrescentou que as notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional. Mendes lembrou que o decreto-lei 972/69, que regulamenta a profissão, foi instituído no regime militar e tinha clara finalidade de afastar do jornalismo intelectuais contrários ao regime.

Sobre a situação dos atuais cursos superiores, o relator afirmou que a não obrigatoriedade do diploma não significa automaticamente o fechamento dos cursos. Segundo Mendes, a formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão.

Mendes disse ainda que as próprias empresas de comunicação devem determinar os critérios de contratação. "Nada impede que elas peçam o diploma em curso superior de jornalismo", ressaltou. Leia aqui a íntegra do voto.

Seguindo voto do relator, o ministro Ricardo Lewandowski enfatizou o caráter de censura da regulamentação. Para ele, o diploma era um "resquício do regime de exceção", que tinha a intenção de controlar as informações veiculadas pelos meios de comunicação, afastando das redações os políticos e intelectuais contrários ao regime militar.

Já Carlos Ayres Britto ressaltou que o jornalismo pode ser exercido pelos que optam por se profissionalizar na carreira ou por aqueles que apenas têm "intimidade com a palavra" ou "olho clínico".

O ministro Celso de Mello afirmou que preservar a comunicação de ideias é fundamental para uma sociedade democrática e que restrições, ainda que por meios indiretos, como a obrigatoriedade do diploma, devem ser combatidas.

O único voto contrário no julgamento foi dado pelo ministro Marco Aurélio. Ele alegou que a exigência do diploma existe há 40 anos e acredita que as técnicas para entrevistar, editar ou reportar são necessárias para a formação do profissional. "Penso que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize a atividade profissional que repercute na vida dos cidadãos em geral", afirmou.

Disputa jurídica
Os ministros analisaram um recurso extraordinário interposto pelo Sertesp (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo) e pelo Ministério Público Federal.

O recurso do Sertesp contestava um acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que afirmou a necessidade do diploma, contrariando uma decisão da primeira instância em uma ação civil pública. O Ministério Público Federal sustenta que o decreto-lei 972/69, que estabelece as regras para exercício da profissão de jornalista, incluindo a obrigatoriedade do diploma, não é compatível com a Constituição de 1988.

Em novembro de 2006, o STF garantiu o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área.

No último dia 30 de abril, os ministros do STF decidiram derrubar a Lei de Imprensa. Sete ministros seguiram o entendimento do relator do caso, Carlos Ayres Britto, de que a legislação, editada em 1967, durante o regime militar (1964-1985), é incompatível com a Constituição Federal.

Sertesp x Fenaj
Tais Gasparian, representante da Sertesp, afirmou durante julgamento que artigo do decreto-lei 972 apresenta incompatibilidade com artigos da Constituição Federal que citam a liberdade de manifestação do pensamento e o exercício da liberdade independentemente de qualquer censura. De acordo com Gasparian, a profissão de jornalista é desprovida de qualificações técnicas, sendo "puramente uma atividade intelectual". A representante questionou qual o consumidor de notícias que não gostaria de receber informações médicas, por exemplo, de um profissional formado na área e não de um com formação em comunicação.

Gasparian lembrou ainda que a obrigatoriedade do diploma foi instituída por uma junta militar que nem poderia legislar por decreto-lei. A ideia, defende a representante, era restringir a liberdade de expressão na época da ditadura, "estabelecendo um preconceito contra profissionais que atuavam na área", afirmou.

O Procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, afirmou que o curso superior de jornalismo age como obstáculo à livre expressão estabelecida na Constituição. "A atividade exige capacidade de conhecimento multidisciplinar", afirmou Souza, acrescentando que o diploma fecha a porta para outros profissionais transmitirem livremente seu conhecimento através do jornalismo.

Do outro lado estava a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), favorável ao diploma. O advogado da entidade, João Roberto Fontes, afirmou que a não exigência do diploma significa uma precarização das relações trabalhistas entre donos de conglomerados e jornalistas. "Haverá uma proletarização ainda maior da profissão de jornalismo, uma vez que qualquer um poderá ser contratado ao 'bel-prazer do sindicato patronal'", afirmou Fontes. O advogado lembrou que a imprensa é conhecida como o quarto poder. "Ora, se não é necessário ter um diploma para exercer um poder desta envergadura, para que mais será preciso?", questionou.

Grace Mendonça, em nome da Advocacia-Geral da União, citou a regulamentação em outras profissões para defender que o jornalismo também tenha suas exigências. Ao defender o diploma, Mendonça citou a figura do colaborador, que pode disponibilizar à sociedade seus conhecimentos específicos, e do provisionado, que poderá atuar em locais em que não haja jornalista formado. "A simples leitura do decreto, livre das circunstâncias temporais [do período do regime militar], não afronta a Carta da República. Seu conteúdo é constitucional", finalizou Mendonça.

Prezados, fiquem à vontade para comentar o que vocês esperam a curto, médio e prazo.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Navegação em águas incertas

Por Daniele Frederico - Revista Tela Viva - Edição 190 - jan/fev/2009

Canais com conteúdo audiovisual produzidos especificamente para a Internet pipocam na rede, mesmo sem garantias de sucesso do modelo de negócios

A televisão sempre teve um quê de glamour. Fazer televisão, por outro lado, vai muito além das aparências: exige dinheiro, talento e, principalmente, oportunidade. Devido a esses impedimentos, muitos profissionais - e amadores - que sempre sonharam em ter um programa de televisão, desistiram de seus objetivos.

No entanto, hoje é possível que qualquer pessoa com uma boa idéia (ou, às vezes, nem tão boa) encontre seu espaço em frente às câmeras, mediante preços enxutos ou até mesmo sem custo algum. O que mudou, porém, foi o meio onde esse conteúdo é exibido: a Internet.

Com espaço ilimitado, custos relativamente mais baixos, público de todos os tipos e com o recurso de interatividade já embutido, a Internet tornou-se palco do surgimento de diversos canais, ou "TVs online", como costuma ser chamados, onde pessoas experientes ou amadoras em televisão podem fazer suas tentativas de sucesso. Vale ressaltar que essas TVs na Internet não são retransmissoras de canais de televisão convencionais - embora haja inúmeros sites que disponibilizem o sinal de canais abertos e pagos na rede de forma ilegal - mas sim TVs com conteúdo próprio ou terceirizado, exclusivo do meio.

A ampliação da oferta de banda larga e o barateamento do equipameno necessário para produzir conteúdo audiovisual permitiram que qualquer pessoa com conhecimento técnico montasse sua transmissão via Internet, até mesmo do conforto de sua própria casa. Foi o caso de Fábio Marçal Blanco e Margrid Holschuh, que em 2007 deram início à JustTV. A TV surgiu a partir do trabalho de conclusão de curso de graduação de Blanco. Em seu primeiro ano de existência, foi a casa dele que funcionou como estúdio de TV online. Carca de um ano e meio depois, o projeto foi comprado pelo site Goorila, e hoje está localizado na mesma sede do site de e-commerce, em São Paulo. Com a compra da fatia majoritária da JustTV, a TV pôde crescer e sair da casa de Blanco: hoje tem dois estúdios, duas câmeras HDV, duas miniDV, uma equipe de sete pessoas, todas com menos de 30 anos (além de profissionais do Goorila, compartilhados com a TV).

(...)

Box: Foco no local

Assim como as televisões regionais, começam a surgir na Internet as web TVs regionais. Com programas de interesse geral, mas foco em eventos, personalidades e assuntos de interesse locais, surgiu no final de outubro de 2008 a TV ABCD, voltado para o público do ABC paulista. A TV, montada com recursos da empresa Cash do Brasil, de call center, marketing e promoções, entre outros negócios, segue o modelo de tantas outras TVs online: é baseada em publicidade, parcerias para a produção e aluguel de espaços na grade, este último, a sua principal fonte de receita.

Prezados colegas, cometem essa notícia sob a perspectiva profissional, como ela pode impactar sua carreira e se já pensam algo a respeito.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Twitter pago de Marcelo Tas gera polêmica

Por Daniela Moreila - INFO Online - ebusiness - 20/03/2009 - 17h55

SÃO PAULO - A foto do jornalista Marcelo Tas estampou o caderno de negócios do Wall Street Journal na última quinta-feira (19/03). O motivo: uma iniciativa pioneira de patrocínio do seu perfil no Twitter pela Telefônica.

Um dos brasileiros mais populares no serviço de microbloging, Tas fechou um acordo de publicidade e dicas patrocinadas com a operadora espanhola no Brasil. A proposta é fomentar o uso de serviços que consumam mais banda para promover a internet por fibra ótica da Telefônica, chamada Xtreme.

Além de exibir um pequeno banner no perfil, durante um ano, Tas concordou em dar dicas patrocinadas - em média 20 por mês – para os seus seguidores.

Mas mais que orgulho do “produto nacional”, a ação idealizada pela agência digital iThink gerou polêmica na twitosfera. Seria a postura do jornalista aceitável ou estaria ele vendendo a sua opinião?

Diante do burburinho, Tas veio a público para esclarecer toda a história em seu blog. “Não tenho obrigação de ‘falar bem’, ‘vender’ ou mesmo fazer qualquer menção ao serviço da Telefônica”, defendeu o jornalista. As dicas em questão, sobre as quais a Telefônica ou a iThing não terão qualquer ingerência, serão identificadas pela tag #xtreme para diferenciá-las do restante do conteúdo editorial, ele acrescentou.

“Trabalho e sou remunerado pelo meu trabalho desde os 15 anos de idade. Ainda não encontrei outra forma melhor de ganhar a vida a não ser essa de trocar o meu farto suor e relativo talento por algum dinheiro. Quem se importar com isso, não precisa me seguir. Afinal, não sou novela, ok?”, ele provocou.

Segundo Marcelo Trípoli, CEO da iThink, a polêmica em torno da iniciativa era esperada. “Tudo que é novo e envolve mídia social tem um risco”, diz o publicitário. Ele defende ainda que ao vir a público e colocar os pingos nos “is”, Tas colocou um ponto final rápido e certeiro na polêmica.

Há controvérsias. Entre os mais de 150 comentários no post em que o jornalista explica o acordo com a Telefônica há inúmeros elogios, sem dúvida. Na verdade, a maior parte das manifestações é de fãs que acreditam que o patrocínio atesta a competência e credibilidade do jornalista e que ele tem o direito de ser remunerado pelo seu trabalho.

Mas há também muita gente que condena a iniciativa. Leitores que chamam Tas de vendido, que questionam a isenção das dicas e que o criticam por associar seu nome a uma das marcas mais “odiadas” do País. Alguns ameaçaram deixar de seguir o perfil do comunicador.

O fato é que mesmo com toda a controvérsia, o saldo por enquanto parece ser positivo. O número de seguidores de Tas no Twitter subiu algumas centenas desde então, de pouco mais de 18 mil para mais de 19,4 mil.

A moda pode pegar. Já existe até uma agência nos Estados Unidos, a Twittad, que coloca em contato as celebridades do Twitter com potenciais anunciantes.

Você toparia seguir um Twiiter patrocinado? Deixe sua opinião.

Bem, colegas, além da sua opinião sobre a pergunta da jornalista, quero saber a de vocês sobre mercado de trabalho e suas implicações.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ana Paula Padrão conta que relutou em voltar a bancada de um telejorna

Por Miriam Abreu - Portal Comunique-se - www-comunique-se.com.br - 07/05/2009 -foto: Giovanni Lettiere - O Globo Online

Ana Paula Padrão se prepara para se dividir entre a bancada do Jornal da Record e reportagens para a emissora. Aliás, foi essa a proposta que ela considerou tentadora. Não queria deixar a reportagem de lado, embora tenha consciência de que sua presença na bancada seja uma demanda do mercado e do público. As negociações com a Record começaram há dois meses.

“Sou repórter, minha carreira inteira foi feita em reportagem. Nos últimos dois anos, por causa do programa no SBT [SBT Repórter], estava conseguindo alcançar novamente isso. Achei que tinha conseguindo voltar a um caminho, com reportagens mais longas. Não esperava essa demanda por bancada de novo. Pensei que pudesse reverter isso”, conta.
Mas, segundo Ana Paula, graças a uma conversa com o marido, percebeu que não poderia virar as costas para o mercado. “Ele lembrou que as pessoas nas ruas me paravam e perguntavam quando me veriam de novo como apresentadora. As conversas com a Record incluíram reportagens e ficaram cada vez mais interessantes. Vou poder fazer também o que eu gosto de fazer”.
“Percebi que a gente não manda na nossa carreira. Você pode administrar situações e estou administrando essa. Acho que encontrei um superacordo que vai me permitir fazer o que gosto e dar a eles o que querem que eu faça”, constata.
A Record deve formar um núcleo de reportagens para produzir e editar matérias de Ana Paula Padrão. “Não sei ainda quem vai fazer parte deste núcleo”.
Como pediu um mês para se organizar na sua produtora Touraeg, o trabalho no Jornal da Record deve ter início em junho. “Minha empresa tem dois anos. No primeiro ano a minha presença era muito importante. Todos daqui estão entusiasmados. Vou ter menos tempo para vir mas se puder passar todos os dias pela manhã, já está ótimo”.
A despedida do SBT
A jornalista garante que a saída do SBT não teve relação com outros convites. “O problema é que o projeto do SBT não cabe no que eu posso entregar. Na Record, estão me oferecendo estrutura para fazer reportagem, com horário razoável. Vou ajudar a fechar o jornal, mas não vou ter responsabilidade editorial. Às vezes isso não permite fazer uma boa apuração e reportagem”.
Ela avalia os quatro anos que passou no SBT como um “período ótimo”. “O Silvio [Santos] me deu oportunidade de mudar a minha vida. Precisava muito naquele momento. Estava cansada, exausta e no momento certo ele me deu a chance. Sofri menos a inconstância de grade que outros profissionais que eu conheço. Tenho o maior respeito por ele e pela Casa”, diz, referindo-se à turbulenta decisão de deixar a TV Globo, que chegou, na época, a exigir que ela cumprisse o contrato até o fim.
Colegas, comentem a notícia sob a perspectiva de hoje e de amanhã.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Globo prepara telejornal só para celular

Por Daniel Castro - Folha de S. Paulo - Ilustrada - 03/04/2009

A Globo vai testar no segundo semestre a produção e transmissão de telejornais exclusivos para telefones celulares. A novidade será anunciada na próxima quarta-feira, em São Paulo, pelo diretor da Central Globo de Jornalismo, Carlos Henrique Schroder, na apresentação para a imprensa da programação de 2009.

Schroder falará dos investimentos que a Globo vem fazendo em conteúdos jornalísticos para novas plataformas, o que inclui também internet.

As novas mídias entraram em 2008 na lista de prioridades da Globo. Em mensagem ao mercado financeiro, na semana passada, Roberto Irineu Marinho, presidente do grupo, ressaltou que "a evolução tecnológica da indústria de comunicação está criando novas oportunidades de participação, interatividade e de escolha do público sobre que conteúdos consumir, como e quando fazê-lo", conforme informou o noticiário especializado "Tela Viva".

No encontro com a imprensa, várias áreas da Globo apresentarão inovações. A divisão de engenharia mostrará softwares de efeitos especiais, como os que permitem "colar" o rosto de um ator no de um dublê em cenas de surfe.

O evento também marcará a "estreia" de Manoel Martins, diretor-geral de entretenimento (responsável por toda a produção artística) desde meados de 2008. Pela primeira vez, ele falará à imprensa.

Colegas, o que pensam sobre o assunto?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Climatempo reestrutura programação

Por Carla Soares - Portal Comunique-se - www.comunique-se.com.br - 13/03/2009

A TV Climatempo reestruturou, entre o fim de 2008 e o começo deste ano, sua programação. Os dos telejornais – Climatempo News e Climatempo Meio Ambiente - lançados, além de darem informações sobre o tempo, agora trazem informações sobre saúde e meio ambiente.

Sérgio Abranches, especialista em ciência política e meio ambiente e comentarista da CBN, e o médico Sérgio Vaisman participam da programação. “O que fizemos foi uma reformulação dos programas. Não trazemos mais apenas informações sobre meteorologia. Falamos sobre os efeitos da poluição, sobre as conseqüências do tempo no meio ambiente”, disse o diretor da Climatempo, Pedro Luis Bernardo.

Outra mudança foi a contratação do jornalista Luiz Henrique Casoni para apresentar os boletins de previsão do tempo ao lado de Maria Clara Machado.

A TV Climatempo pode ser assistida no canal 102 da Sky.

Uai, colegas, o que aconteceu com a moça e/ ou rapaz do tempo? Aquele que aparecia apenas em uma parte pequena do telejornal? Que outros exemplos de mercado de trabalho audiovisual meio que relegados mas que podem dar empregabilidade? Vocês trabalhariam na TV Climatempo?

quarta-feira, 4 de março de 2009

O FIM DAS REDES

Por Nelson Sá - Coluna Toda Mídia - Caderno Brasil - Folha de S. Paulo - 03/03/2009

Enquanto a internet avança com novas ferramentas, as redes de TV enfrentam "audiência declinante e lucros em queda livre". O "NYT" noticiou perda de 52% nos lucros da CBS, a maior audiência, hoje. Depois deu reportagem especial mostrando como em todas as redes o esforço é para "permanecerem viáveis". E por fim abriu debate com especialistas respondendo à pergunta "Nós precisamos da TV aberta?", diante da programação fragmentada. Para o jornal, "a sensação é de fim de uma era".

Colegas, qual a resposta que vocês dariam?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Conferência Nacional acontece de 1 a 3 de dezembro

Por Samuel Possebon - Tela Viva News - terça-feira, 03 de Fevereiro de 2009, 19h53 - www.telaviva.com.br

A Conferência Nacional de Comunicação (CNC) deve acontecer entre os dias 1 a 3 de dezembro, coincidindo com a data de aniversário da TV digital, da TV pública e com com o evento preparatório da Conferência. Todos aconteceram em um 2 de dezembro. Segundo o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, a ideia da CNC é que sejam debatidos todos os temas do setor, e não apenas radiodifusão. "A proposta é que a pauta de discussão aborde TV, rádio, TV por assinatura, jornais, Internet, telecomunicações e novas tecnologias", diz o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara, que está envolvido diretamente na organização do evento. As conferências são encontros de interlocução entre governo e sociedade civil e que têm como característica produzir resultados que tendem a ser levados em conta na elaboração de políticas públicas. No caso da Conferência Nacional de Comunicação, existe ainda uma discussão sobre a abrangência dos debates, se ficariam restritos ao âmbito público ou se o mercado privado também estaria no foco. Mas a tendência, segundo Bechara, é que todos os temas sejam tratados.

Colegas, procurem saber mais sobre o assunto e dêem sua opinião.
(aproveitem e cadastrem-se no site, gratuitamente, para receber notícias diárias do nosso segmento)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Kajuru comemora estréia de TV online e liberdade para dizer o que pensa

Por Miriam Abreu - www.comunique-se.com.br - 1o. Caderno - s/data

Com um investimento de R$ 112 mil, a TV Kajuru estréia na web na próxima segunda-feira (01/12), às 20h. “Agora que vou ter minha própria TV, ninguém me tira do ar”, disse Jorge Kajuru, comemorando o fato de ter total liberdade para dizer o que pensa, o que lhe rendeu uma série de problemas na justiça. “Isso é o que eu preciso para viver. Vou morar na minha emissora e xingar o povo o dia inteiro. É um sonho e melhor do que dormir com a Angelina Jolie”, diz, brincando.

A emissora ficará no ar 24 horas com esporte, variedades e “bom humor”, como diz o slogan. Até o final de janeiro, Kajuru pretende ter 22 programas inéditos.

Já fazem parte da programação o Coração de Pescador, com Joel Datena, filho de José Luiz Dantena; Bom Te Ver, programa de auditório com Tânia Oliveira; Talento Não Tem Endereço, com filhos de uma dupla sertaneja, para dar oportunidade a jovens talentos; Papo Com o Doutor, com Sócrates, um talk-show, que também vai apresentar o TV Kajuru Pós-Globo, uma mesa-redonda que vai ao ar às quartas e domingo. Kajuru vai apresentar dois programas, o TV Kajuru Denuncia e Cadeira Elétrika, em que ele receberá um convidado e contará com a colaboração de uma mulher para fazer entrevista, “sempre com perfil diferente. Pode ser engenheira, médica, estudante. Depende de quem será o entrevistado”, diz. A maioria deles será semanal, com exceção de Cadeira Elétrika, que será mensal.

A idéia
Embora apresente dois programas, um no interior de São Paulo, pelo SBT, e outro no Paraná, emissora de Ratinho, Kajuru queria ter seu próprio veículo. “Estava desanimado da internet, mas um amigo me mostrou que os vídeos do Youtube em que apareço tiveram mais de 4 milhões de acessos. Percebi que então poderia ter uma TV na internet”.

Estrutura
Para tornar o site uma realidade, Kajuru contou com a ajuda dos amigos Adriane Galisteu, Datena e Ratinho. “Vendi também meu carro, um flat, apostei minha vida nisso. Vou aproveitar e usar comentários desses amigos eventualmente”.

A TV Kajuru terá duas sedes. Uma em São Paulo, que fica pronta até 15/12, e outra móvel, que começa a circular no interior de São Paulo. “Vamos ficar um mês em cada cidade, começando por Ribeirão Preto”. Serão seis funcionários, incluindo criação e produção – os jornalistas Karin Gutierrez e Théo Campos são os produtores. Aqueles que tiverem programas vão dividir com Kajuru o faturamento. “É meio a meio”, avisa, para quem tiver interesse em apresentar uma idéia.

Programas também na TV
Kajuru pretende fechar contratos com canais fechados para a exibição de alguns dos programas que vão ao ar na TV online. “Alguns já vão ser retransmitidos por emissoras de TV a cabo, canais fechados, interior de São Paulo, Paraná, Goiás e Rio Grande do Norte. “Vamos vender, terceirizar para quem quiser”.

Livros
Ele também se prepara para o lançamento de dois livros, a nova edição de “Condenado a falar”, que, diz o autor, está totalmente atualizado, e “Meus orgasmos”, sobre sua vida sem o futebol.

Prezados Colegas, o que vocês acham dessa idéia. Poderemos ter uma TV Aline, uma TV Felipe, Uma TV Márcia? (por favor, contenham-se para não descambar a dar a sua opinião sobre o Kajuru, já que o objetivo é discutirmos sobre a idéia)