Por Miriam Abreu - Portal Comunique-se - www-comunique-se.com.br - 07/05/2009 -foto: Giovanni Lettiere - O Globo Online
Ana Paula Padrão se prepara para se dividir entre a bancada do Jornal da Record e reportagens para a emissora. Aliás, foi essa a proposta que ela considerou tentadora. Não queria deixar a reportagem de lado, embora tenha consciência de que sua presença na bancada seja uma demanda do mercado e do público. As negociações com a Record começaram há dois meses.
“Sou repórter, minha carreira inteira foi feita em reportagem. Nos últimos dois anos, por causa do programa no SBT [SBT Repórter], estava conseguindo alcançar novamente isso. Achei que tinha conseguindo voltar a um caminho, com reportagens mais longas. Não esperava essa demanda por bancada de novo. Pensei que pudesse reverter isso”, conta.
Mas, segundo Ana Paula, graças a uma conversa com o marido, percebeu que não poderia virar as costas para o mercado. “Ele lembrou que as pessoas nas ruas me paravam e perguntavam quando me veriam de novo como apresentadora. As conversas com a Record incluíram reportagens e ficaram cada vez mais interessantes. Vou poder fazer também o que eu gosto de fazer”.
“Percebi que a gente não manda na nossa carreira. Você pode administrar situações e estou administrando essa. Acho que encontrei um superacordo que vai me permitir fazer o que gosto e dar a eles o que querem que eu faça”, constata.
A Record deve formar um núcleo de reportagens para produzir e editar matérias de Ana Paula Padrão. “Não sei ainda quem vai fazer parte deste núcleo”.
Como pediu um mês para se organizar na sua produtora Touraeg, o trabalho no Jornal da Record deve ter início em junho. “Minha empresa tem dois anos. No primeiro ano a minha presença era muito importante. Todos daqui estão entusiasmados. Vou ter menos tempo para vir mas se puder passar todos os dias pela manhã, já está ótimo”.
A despedida do SBT
A jornalista garante que a saída do SBT não teve relação com outros convites. “O problema é que o projeto do SBT não cabe no que eu posso entregar. Na Record, estão me oferecendo estrutura para fazer reportagem, com horário razoável. Vou ajudar a fechar o jornal, mas não vou ter responsabilidade editorial. Às vezes isso não permite fazer uma boa apuração e reportagem”.
Ela avalia os quatro anos que passou no SBT como um “período ótimo”. “O Silvio [Santos] me deu oportunidade de mudar a minha vida. Precisava muito naquele momento. Estava cansada, exausta e no momento certo ele me deu a chance. Sofri menos a inconstância de grade que outros profissionais que eu conheço. Tenho o maior respeito por ele e pela Casa”, diz, referindo-se à turbulenta decisão de deixar a TV Globo, que chegou, na época, a exigir que ela cumprisse o contrato até o fim.
Colegas, comentem a notícia sob a perspectiva de hoje e de amanhã.
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ResponderExcluirO caso da Ana Paula é simples: Ela cansou de ser apenas um rostinho bonito na TV e quis colocar a mão na massa e fazer aquilo que ela estudou durante anos da faculdade, que é fazer jornalismo. O que percebemos é que, pessoas como Fátima Bernardes por exemplo, acabam sendo muito mais atrizes do que jornalistas. Isso pode ser culpa do próprio telespectador, que cria naquela pessoa, um ícone.
ResponderExcluirA Ana Paula viveu os dias de princesa, mas resolveu viver dias de profissional do jornalismo, realizando tarefas que o jornalista, que escolheu aquela profissão por afinidade, desenvolve.
A vida é assim. Não só no jornalismo, mas em todas as outras profissões. Você pode desenvolver tarefas que o façam trabalhar mais ou menos; pode trabalhar insatisfeito, ou pode arriscar e buscar aquilo que você enxerga como o seu caminho.
... É a Ana Paula, fugindo do PADRÃO.
[Péssimo trocadilho, eu sei]
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ResponderExcluirQuando a Ana Paula Padrão falou "Percebi que a gente não manda na nossa carreira. Você pode administrar situações e estou administrando essa" eu tive que descordar. Se ela quisesse trabalhar como repórter mesmo e largar a "frente" do jornal, ela poderia fazer. Mas acho que ela não queria perder um certo status e o dinheiro também.
ResponderExcluirCada pessoa pode escolher o seu caminho profissional. Se ela quer muito fazer algo, as vezes ela terá que sacrificar outra.
(Juliane Schlosser)
Ana Paula Padrão construiu uma imagem que dá credibilidade ao noticiário, por isso a demanda para que fique na bancada do telejornalismo. Mas, ao mesmo, tempo, não quer deixar de fazer suas reportagens. Esta é a tendência do jornalismo: um profissional polivalente para atender todas as necessidades do mercado.
ResponderExcluirConcordo que a Ana Paula Padrão quer deixar de ser apenas um rostinho bonito atrás da bancada. Ela está sentindo falta de colocar a mao na massa para produzir suas próprias matérias. Além do que, dessa forma ela vai ganhando espaço no mercado e seu trabalho será cada vez mais reconhecido, pois ela consegue atender as várias necessidades do mercado.
ResponderExcluirA Ana Paula está seguindo o Padrão do novo profissional do jornalismo. Ou seja, um jornalista versátil e que cumpra diferentes tarefas. Sendo apresentadora e repórter ela exerce não apenas o papel de porta-voz e a cara da emissora, mas também fica responsável pelo contato com o povo, com a população, aspecto da profissão mais sentido por quem trabalha na rua.
ResponderExcluirAgora sim, Ana Paula Padrão vai fazer o que sempre gostou! Pois jornalista que é jornalista, tem que colocar a mão na massa e deixar de ser um lindo rostinho de frente pra TV. E com isso, Ana Paula não será apenas entendida como emissora de mensagens, mas também produtora de sentidos.
ResponderExcluirInteragindo com o público, da mesma forma que o público espera essa interação.
É clao que a Ana Paula Padrão está nos estatos de muitos jornalistas.Sem falar no seu trabalho. Mas será que toda vez que ela trocar de emissora tem que sempre causar algumas noticia.Ou seja, e ela que passa a ser a noticia agora, assim como foi quando saiu da Tv Globo. Acho que o dia em que ela sair da Record e for para BAND vai se tornar mais uma vez a noticia nos jornais da semana.
ResponderExcluirAté concordo em que ela seja uma profissional que segue os novos padrões do jornalismo, sendo versátil e que cumpra varias tarefas. Porem, ela poderia deixar de ser a noticia e passar a noticia.