terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Jornal Nacional encerra 2010 com a pior audiência da história


Tradicional programa da Rede Globo tem queda de 24% de sua audiência na década

Da Redação do R7 - 05/01/2011 às 10h12

O Jornal Nacional, da Rede Globo, perdeu um de cada quatro espectadores nos últimos dez anos. O programa jornalístico da emissora carioca caiu de 39,2 pontos de audiência em média em 2000 para 29,8 pontos em 2010.

A análise foi publicada hoje na coluna Outro Canal, de Keila Jimenez, no jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a jornalista, o ápice de audiência do JN nestes anos aconteceu em 2004, quando fechou o ano com média de 39,4 pontos.

Os números mostram, ainda, que 2010 foi o primeiro ano que o programa ficou abaixo dos 50% de share (índice que contabiliza apenas os televisores ligados).

Em 2010, o Jornal Nacional registrou 49,3% de share contra 56% em 2000 e 61,9% em 2004.
No mesmo período entre o auge e a pior marca do JN, os concorrentes tiveram resultados variados na faixa de horário do jornalístico da Globo.
O SBT passou de 9,9 pontos em média em 2004 para 4,9 em 2010 - uma queda de 50,5%.
Já a Record quase triplicou a audiência - pulou de 3,6 em média em 2004 para dez pontos em 2010, crescimento de 178%.

Em 2010 o JN programa completou 41 anos – estreou em setembro de 1969.

Cada ponto no Ibope corresponde a cerca de 60 mil domicílios na Grande São Paulo.

Prezadas e Prezados, embora a fonte desta notícia seja suspeitíssima (é o site da Record), as informações são verdadeiras. Então ficam as perguntas: porque está acontecendo isso com o Jornal Nacional? E como podemos fazer nosso exercício na disciplina evitando os erros?


 

14 comentários:

  1. Acho que o JN está perdendo a audiência,porque com a internet hoje em dia tem em todos os lugares,nos celulares,smartfhones,tablets,Ipads o acesso é fácil e rápido e todos podem ver jornais e notícias online na internet.Ver quem quer e a hora que quer.As notícias normalmente são as mesmas,muda se acontecer algo novo ou morte, desastre com alguma celebridade, ai virou plantão.Fora isto ficamos assim nas expectativas de sempre surgirem notícias novas.

    Juliana Villela

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  2. Porquê? A Globo tentava se livrar do estigma MERECIDO de manipuladora (resquícios da ditadura, queda de Brizola, debate do Collor, entre outros tantos) na década de 90, mas o manipulador chefe, Ali Kamel, não permitiu. Não se falava mal do governo, pra não arrumar inimigos, pra não perder patrocínio... a responsabilidade da notícia, de informar ao público era secundário, não interessava, mas o dinheiro de patrocinadores sim. A Globo em geral vem trocando jornalistas elitistas por jornalistas mais populares, pra ver se conseguem recuperar a classe C, a qual eles não mais atingem, de tanto que implicaram com o governo Lula, do "bolsa família e dos pobres". A Globo, O JN quer se redimir junto ao povo brasileiro, dando menos poder ao ditador todo poderoso Ali Kamel, que sempre manipulou as notícias de acordo com o interesse da emissora, só que eu acho que é um pouco tarde, pois o povo brasileiro descobriu que existe outro tipo de jornalismo em outras emissoras de televisão. Vão ter que "ralar" muito pra recuperar audiência e fazer a cabeça do povão, pois o brasileiro ta aprendendo a pensar...
    Pra não errarmos na nossa disciplina é simples: copiar e aprender somente o que é bom, as ferramentas e todo o ritual padrão, deixando de fora a arrogância a manipulação e o rabo preso!

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  3. Luciana de Oliveira

    A audiência do JN tem caído devido ao grande número de veículos que apresentam a mesma noticia. Com a internet hoje tudo é mais fácil, mais rápido. O jornal padrão que muda a cara dos apresentadores tende somente cada dia mais ficar mais maçante, sacrificante. O publico que antes via o JN esta se interessando mais pelos telejornais das outras emissoras que tem cada dia mais se superando em termos de qualidade e abordagem dos fatos. A Rede Record, por exemplo, a emissora que era considerada do pastor voltada somente para a igreja. Hoje tem um publico grande, devido aos investimentos, em tecnologia e repórteres. A forma como eles abordam a noticia e passam para o publico é mais leve, mais humana e bem mais tratada com mais detalhes do que da emissora rival. Hoje todos têm varias escolhas para então decidir se quer o JN ou outro que ele se identifique.

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  4. O Jornal Nacional é muito mecanizado, eu enquanto espectador já consigo a resposta, os gestos e comentários dos jornalistas da globo, portanto acredito que outros assim como eu estão cansados de ligar a tv sabendo qual será o resultado final a não ser novas noticias, enquanto o jornal da record vem inovando suas apresentações, chamando o espectador a ser não somente este mas também o autor da noticia, como se estivesse do outro lado da telinha.

    O espectador hoje está com um olhar mais apurado, portanto procura mudanças, portanto para que não cometamos os mesmos erros em sala de aula seria viável fugir do padrão, “viajar” com os pés no chão, fazer uma viagem que seja sadia para o ator e o autor na noticia. Hoje ninguém quer ser mero espectador, mas também quer fazer parte do noticiário da noticia.

    Gisele Sena

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  5. O JN é bastante antigo na televisão brasileira, além de ser tradicional. Com o passar dos tempos, o público necessita e espera por algo novo, que seja atrativo, algo que os mantenham frente a TV. O JN não inovou, não modificou no "jeito de fazer". Como tudo que é novo é interessante, o telespectador busca em outras emissoras jornais mais "flexiveis no jeito de levar a informação". O grande erro do JN foi esse. Diante desta problemática, podemos fazer diferente do JN. Podemos ter olhares inovadores, desafiadores no "fazer jornalísticos" sempre buscando novas opiniões, formatos, reportagens, e convidados, mas não perdendo o respeito e o foco pelo público.

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  6. Renata Flávia Batista23 de fevereiro de 2012 às 15:43

    Temos de levar em consideração dois pontos importantes nessa pesquisa realizada.

    Primeiramente a nova metodologia utilizada para medição do IBOPE desde o ano de 2000, cada ponto de ibope equivalia a cerca de 40 mil televisores ligados, enquanto hoje cada ponto vale por 55 mil televisores ligados.

    Analisando desta forma os 39,2 pontos obtidos em 2000, pelo telejornal, não estão tão diferenciados, dos 28,8 pontos alcançados em 2010.

    E vale também ressaltar que a população (segundo o próprio IBGE) cresceu mais de 7,0% entre 2000 e 2007, afetando assim a margem de comparação com os anos anteriores.

    Acredito que o JN tem, e terá sempre seu espaço, inovando suas formas de abordagem e interação com o público, principalmente o jovem que com o passar dos anos não se prende a telejornais, buscando em outros meios de comunicação, as formas se manterem informado.

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  7. Querendo ou não o jornal Nacional tem seu espaço e é tradicionalmente o Telejornal da "família" é o jornal antes da novela que a "família" costuma ver.

    É um jornal que segue um padrão, que hoje tende cada dia mais a ser modificado e ultrapassado por questões das novas midias, portanto eu acredito que o método truncado e muita das vezes robotizado de apresentar o jornal e tentar se passar por natural não está agradando mais como antigamente.

    Em nossas atividades nessa disciplina devemos tomar cuidado com o metodo robotizado de se fazer televisão (jornal), tentar inovar não só com pautas diferentes mas também na desenvoltura natural para se passar a informação e "conversar" com o telespectador.

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  8. O ocorrido fato, na verdade foi acontecendo lentamente, em um processo que a Rede Globo de Televisão demorou a perceber que a sociedade brasileira estava mudando. Novas fontes de informações, melhorias na renda familiar, são fatores importantes que devem ser levados em conta. Cada vez mais, menos tempo em casa. Se o público muda, a programação também deve mudar. Notícias muito breves e outras tantas globalizadas demais podem perder o interesse de boa parte. Os acontecimentos regionais necessitam ser mais bem explorados. No entanto, com uma equipe enorme de grandes profissionais, um acontecimento como esse certamente serviu de exemplo de como não fazer jornalismo a fim de recuperar seus antigos telespectadores, e conquistando outros, sempre de olho no futuro. Na nossa disciplina temos grandes exemplos diariamente à disposição, de como fazer um telejornal bem, e ver nos erros deles, o nosso acerto. Também somos profissionais, e além de evitar tais erros, podemos contribuir com algo novo, interativo. Depende de nós, de nossa criatividade e disposição em trabalhar com amor na profissão por nós escolhida.

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  9. Vários motivos poderiam explicar a queda da audiência do Jornal Nacional. Talvez o principal deles seja uma mudança no telespectador, que não vê mais o principal telejornal da Rede Globo como única fonte de informação. O cada vez maior leque de opções para fornecimento de informações diversificadas, tais como sites na internet e telejornais de outras emissoras, certamente contribuiram para essa queda. Apesar de ainda ser visto como a principal fonte de notícias para o grande público, esse mesmo público cada vez mais tem acesso facilitado à vários outras fontes. Uma nova roupagem para a abordagem das notícias que são veiculadas poderia contribuir para que o telejornal recuperasse esses telespectadores, que certamente estão buscando mais do que as informações da forma que são transmitidas no Jornal Nacional.

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  10. O jornal Nacional pode ser considerado o principal telejornal brasileiro,ele sempre ocupou a liderança na audiência, mas nos ultimos anos vem perdendo consideravelmente os seus telespectadores. Os motivos para essa queda são vários, mas principalmente a mudança no perfil dos telespectadores. Hoje temos varios outros meios de ter acesso as informações, como a internet. Então as pessoas de modo geral passaram a esperar um pouco mais da programação da tv, inclusive dos telejornais. Uma nova linguagem, novas abordagens, reportagem especiais são essenciais para tentar trazer de volta os telespectadores.

    Lailiane Freitas

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  11. O JN é um telejornal que tem pouco mais de 4 décadas. Ele foi o primeiro a ser exibido em rede nacional, ou seja, foi o primeiro a ser transmito para todo território brasileiro. Um programa que se propõe a falar para todo o país tem de levar em consideração as diferenças culturais, bem como, o interesse dos telespectadores pelos mais diversos assuntos. O telejornal deve, portanto, colocar no ar uma gama variada de informação, no intuito de prender o máximo de pessoas à tela da TV. Assim, o jornal terá cumprido o objetivo de audiência e justificado a transmissão ampla em rede nacional. No caso do JN, essa é a principal questão que levou à queda na audiência, uma vez que, o telejornal ignorou essa amplitude e a diversidade de seu público. De certo que, escândalos sobre a política em Brasília, a dinâmica do mercado em São Paulo e a badalação cultural do Rio de Janeiro rendem reportagens quentes e que atingem diretamente um número maior de pessoas. Porém, para a pessoa que está no Norte ou Nordeste do Brasil, por exemplo, que cotidianamente liga a TV para assistir ao noticiário e, não vê nele notícias acerca do seu Estado, Cidade, ou mesmo, sua cultura; o jornal fica desinteressante, as notícias passadas ali não fazem sentido para ele, não lhe diz respeito, não o afeta de modo algum. Desse modo, o JN que nasceu durante a Ditadura Militar e que, reproduziu o discurso ufanista do regime ao mostrar a riqueza da diversidade cultural do Brasil, hoje, ao centralizar e privilegiar notícias da região sudeste contribui com a queda da própria audiência. Isso explica o sucesso do telejornal e o seu fracasso. Existem momentos distintos do JN, um em que ele falava de todo Brasil e para todo Brasil, e outro, em que ele fala de parte do Brasil tentando alcançar todo o Brasil.

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  12. O JN é um telejornal que tem pouco mais de 4 décadas. Ele foi o primeiro a ser exibido em rede nacional, ou seja, foi o primeiro a ser transmito para todo território brasileiro. Um programa que se propõe a falar para todo o país tem de levar em consideração as diferenças culturais, bem como, o interesse dos telespectadores pelos mais diversos assuntos. O telejornal deve, portanto, colocar no ar uma gama variada de informação, no intuito de prender o máximo de pessoas à tela da TV. Assim, o jornal terá cumprido o objetivo de audiência e justificado a transmissão ampla em rede nacional. No caso do JN, essa é a principal questão que levou à queda na audiência, uma vez que, o telejornal ignorou essa amplitude e a diversidade de seu público. De certo que, escândalos sobre a política em Brasília, a dinâmica do mercado em São Paulo e a badalação cultural do Rio de Janeiro rendem reportagens quentes e que atingem diretamente um número maior de pessoas. Porém, para a pessoa que está no Norte ou Nordeste do Brasil, por exemplo, que cotidianamente liga a TV para assistir ao noticiário e, não vê nele notícias acerca do seu Estado, Cidade, ou mesmo, sua cultura; o jornal fica desinteressante, as notícias passadas ali não fazem sentido para ele, não lhe diz respeito, não o afeta de modo algum. Desse modo, o JN que nasceu durante a Ditadura Militar e que, reproduziu o discurso ufanista do regime ao mostrar a riqueza da diversidade cultural do Brasil, hoje, ao centralizar e privilegiar notícias da região sudeste contribui com a queda da própria audiência. Isso explica o sucesso do telejornal e o seu fracasso. Existem momentos distintos do JN, um em que ele falava de todo Brasil e para todo Brasil, e outro, em que ele fala de parte do Brasil tentando alcançar todo o Brasil.

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  13. Alguns fatores devem ser levados em conta. O Jornal da Record é produzido de forma bem parecida ao Jornal Nacional (inclusive com ex-jornalistas da própria Globo). Apesar dos números indicados pela Record me parecerem um pouco irrealista, eles têm sim aumentado, mas por uma série de fatores “extra-jornalismo”. A Rede Record possui um público bem segmentado, devido a fatores já conhecidos. Os outros programas na grade da Rede têm atraído altas na audiência, e consequentemente, acabam mantendo uma continuidade dos telespectadores em seu canal.
    Outro fator que pode ser considerado é a maneira engessada (apesar de sempre eficiente) de ser do Jornal Nacional, que mantém o padrão desde a sua criação. Os dados citados na matéria vêm de 2004, e de lá pra cá muita coisa mudou. Nossos hábitos, nosso modo de interagir com o audiovisual.
    Fato é que mesmo com a queda, o Jornal Nacional segue como o principal jornal do país e se mantém por cima. A qualidade ainda fala mais alto, apesar de tudo.

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  14. Acredito que como o JN é um telejornal que faça parte da cultura do brasileiro buscando alcançar o público geral, tenha se vetado à inovações que outras redes de TV como o SBT e Record tenham alcançado. Haja vista que o público adore novidades, esse fator colaborou para migração de boa parte dos telespectadores do JN para outras redes.
    Tatiane Ribeiro

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