Por Marina Langa - Folha Online - Informática - 20/05/10
Dentro das expectativas que pairavam no mercado há meses, o Google anunciou o sistema de TV na conferência de desenvolvedores I/O nesta quinta-feira (20), em San Francisco, nos EUA.
A ambição do Google mira um público espectador composto por 4 bilhões de pessoas, o que faz deste mercado o maior do mundo, com publicidade equivalente a US$ 70 bilhões anuais.
Segundo o blog de tecnologia Engadget, o Google disse que o "vídeo deve ser consumido na maior, melhor e mais brilhante tela na sua casa, que é a TV".
O sistema da plataforma de web para TV roda em sistema operacional Android. O Google anunciou que vai liberar ferramentas desenvolvedores "criarem suas próprias experiências". Na I/O, participam 3.000 programadores que trabalham com o sistema do Google.
Também foram confirmadas as parcerias com Sony (responsável pelo aparelho televisivo), Intel (processador Atom) e Logitech (o chamado box do sistema de TV-internet), conforme rumores que circulavam há meses.
Grosso modo, o sistema leva comandos da internet à programação televisiva --por exemplo, se o usuário faz uma busca pelo seriado "House", vai encontrar resultados tanto da televisão (canais FOX e USA nos Estados Unidos) e na internet (Fox, Hulu e Amazon, também tendo como parâmetro os EUA). Usuários também poderão gravar o conteúdo, por meio do sistema digital DVR.
"Para usuários, não importa de onde o conteúdo venha. Eles querem apenas que seja rápido e conveniente", disse o gerente de produto do Google, Rishi Chandra.
A tela inicial apresentada pelo Google dispõe todo o conteúdo favorito do usuário, assim como aplicativos --com parcerias da Amazon e da NetFlix, segundo o executivo do Google.
Na conferência, houve demonstração de personalização de conteúdos na televisão, a partir do exemplo de que o filho de Chandra gosta da série infantil Sesame Street (Vila Sésamo, na versão norte-americana). Com o Google TV, ele pode centrar o que vai assistir nos personagens favoritos, por intermédio do site oficial do seriado.
Outra função simultânea apresentada pelo Google é voltada ao esporte: no exemplo, um jogo de basquete figura em uma tela secundária, enquanto o usuário navega pela tabela de resultados do Yahoo! no browser, em primeiro plano. "É apenas uma ferramenta simples", comentou Chandra.
No hardware, vêm embutidos conexão Wi-Fi, entrada para cabo existente (TV ou satélite) que é conectado à caixa de TV do Google via HDMI, unidade de processamento gráfico (para gráficos avançados de visualização na internet) e microprocessador para sinal digital (voltado para áudio e som).
O Google teve alguns problemas técnicos na demonstração do sistema no evento, e atribuiu isso ao sistema Bluetooth dos celulares ligados. Mesmo pedindo constantemente o desligamento dos aparelhos, o problema persistia.
"Vocês viram o potencial da computação em nuvem. Vocês viram a possibilidade de ir do servidor para o cliente --nesse caso, a televisão-- e vocês ainda podem programá-la, usando as poderosas ferramentas usamos todos os dias", disse Eric Schmidt, executivo-chefe do Google, que subiu ao palco no final da apresentação.
Prezadas e Prezados, olhem para a notícia e olhem para frente. O que vai ter isso a ver com a sua carreira?
A mim me parece que a trajetória de nossa carreira estará atrelada a apuração cuidadosa dos fatos e de como iremos contá-lo. Não importa em que época a gente esteja vivendo. Quanto ao mais novo projeto do gigante Google que almeja um público estratosférico de quatro bilhões de espectadores, isso me faz pensar que cada vez mais teremos que trabalhar ligado às redes. E que nosso trabalho mais que nunca dependerá de um bom relacionamento de equipe, já que as rotinas de produção jornalística estão mudando e a demanda por informações multimídias aumentando. Por mais que o mercado profissional de comunicação exija um profissional versátil, as relações entre os sujeitos da comunicação terão que andar bem para que o produto apresentado seja de qualidade. O poder que está sendo dado ao cliente o fará cada vez mais exigente.
ResponderExcluirAcredito que isso seja mais um ganho para nossa profissão de jornalista, afinal de contas ganhamos mais um espaço, porém acredito que isso ira trazer mais mudanças no formato de exercer a nossa profissão, afinal de contas como o Rishi Chandra diz; "Para usuários, não importa de onde o conteúdo venha. Eles querem apenas que seja rápido e conveniente",então com isso terá que ser feito algumas mudanças na forma de levar e aborda as informações. E de certa forma é uma chance pra outras pessoas terem seu espaço na mídia sem ser através dos grandes monopólios existentes.
ResponderExcluirGoogle??? daqui a pouco a gente vai ter que pagar aluguel para eles! Tão comprando tudo!!! Bom, bacana... a proposta parece ser interessante... Mas se tratando de carreira ainda prefiro a reportagem nas revistas e na Tv (Globo Rural, profissão repórter, lugar incomum, revista trip, revista piauí). Acredito que esse jornalismo seria próximo do que vemos na internet "pouco conteúdo exclusivo".
ResponderExcluirÉ dificil falar de internet sem google... todos os segmentos. Com plataforma simples e moderna, a empresa acaba "fidelizando" internautas, que não precisam procurar outro portal, seja qual for o conteúdo. Acredito que as mídias tradicionais tem muito valor no mercado, mas de certa forma é grande de utilizar a tecnologia a nosso favor. Utilização com responsábilidade e fidelizada aos fatos apurados, com o público cada vez mais exigênte e criterioso.
ResponderExcluirInternet hoje em dia é mais que um acessório na vida de trabalhadores, estudantes e outras milhões de pessoas, cada uma utilizando da maneira devida, mas é fato que quando se trata do GOOGLE, bilhões e bilhões de internautas estão envolvidos. É uma empresa que a cada dia que passa só cresce e toma conta do que esta ao redor.
ResponderExcluirEste novo sistema, surgiu a ponto de captar mais expectadores, já que no mundo em que vivemos queremos tudo de maneira rápida e prática. Eles estão trabalhando em cima disso, atraindo de modo extraordinário.
Percebo que o jornalismo tem caminhado muito para o lado da internet, não desvalorizo, mas acredito que perca um pouco a essência e espírito da coisa. Como disse meu colega Hélio, sou mais jornalismo em TV e rádio. Entretanto, nem por isso vamos deixar de tomar conhecimento sobre a comunicação via internet.
Alexandre Pimenta
ResponderExcluirO sistema Google TV é um outro exemplo de movimento de convergência das tecnologias multimídia.
O contato do público com esse tipo de tecnologia tende a ajudar o telespectador a receber a informação através de estímulos diferenciados, além de poder contar com maiores possibilidades de interação.
Na prática o usuário terá um sistema em sua TV que facilita a busca por programas de televisão ou pesquisas na internet.
Este tipo de serviço oferecido pelo sistema Google TV não chega a ser inteira novidade. A Apple, em 2008 havia lançado o Apple TV com uma proposta similar.
Quanto aos impactos de sistemas como este, serviços assim apresentam propostas bem mais completas do que os modelos da TV digital.
Consequentemente isso só enriquecerá a área de comunicação que terá mais uma rica plataforma para ser usada para a produção de trabalhos.
O Google TV, deverá estar chegando ao mercado americano no segundo semestre deste ano e o lançamento internacional tem previsão para o ano que vem.
Resta saber se o produto será popularizado como o que ocorreu com a TV, ou será apenas um serviço para privilegiados. Tudo dependerá do preço que será definido pela empresa.
Acredito que estas inovações são sempre muito importantes, e cada vez mais faz valer o nosso curso Jornalismo Multimidia. Acredito que daqui um tempo nao exisitirá mais impresso, então temos que aproveitar as oportunidades e começar a apreender como trabalhar neste mundo digital. Acredito que pela pressa que acontece na net as apurações sõa falhas é necessario que descubram um formato para que possa se ter uma boa apuração
ResponderExcluirComo o HÉLIO disse, daqui a pouco iremos ter que pagar aluguel para a empresa Google.
ResponderExcluirNão podemos negar que sempre fazem bons investimentos, compram grandes empresas, e tem o maior numero de internautos contectados.Com essa nova proposta a principio pode ser uma otima ideia, mas aos poucos os internautas vão voltar ao antigo costume, como programas de tv que ja estamos acostumados, jornais e revistas que é do nosso habito ler.
Pois o que queremos é sempre uma boa informação, com uma otima apuração...
A abertura de mercado que essa revolução promete é incalculável. Desde o surgimento das primeiras Gazetas, na França, as possibilidades de comunicação aumentaram de forma cada vez mais rápida. O problema, porém, foi que o número de profissionais da área cresceu ainda mais.
ResponderExcluirA cada barreira da comunicação vencida, os entusiastas vislumbravam novas possibilidades além, e os pessimistas viam ali um fim. Com o surgimento da TV, o rádio ficou desacreditado. Agora com a Internet na TV, podemos pensar diferente e trabalhar para conquistar novas barreiras. Quais são elas ainda é cedo para saber.
A idéia da Google Tv pode ser um ganho enorme para a comunicação, pois é uma inovação e abre um leque de possibilidades, mas é preciso saber como será o funcionamento desse novo veículo. Acredito que caso essa TV vingue os veículos de comunicação terão que, novamente, se adaptar a esse novo tipo de comunicação.Mas acho que a novidade pode ser muito boa para todos, é uma possibilidade a mais.
ResponderExcluirTelevisão com internet? Conteúdo rápido e prático? A notícia é interessante para nossa carreira, mas parece que, quanto mais o tempo passa, as inovações só servem para contribuir com a preguiça do ser humano. É mais um muro da comunicação caindo, porém mais um veículo para disparar conteúdo "rápido e prático".
ResponderExcluirTenho um pouco de receio com relação ao rádio, ao jornal impresso... O que será deles e dos profissionais, se a cada dia que passa, a internet rouba mais espaço deles?
Concordo com o Hélio. O jornalismo impresso ainda é o mais interessante.
Acredito que esse é o caminho natural de como as coisas evoluem. Vejo como positivo essa novidade, mas acrediito que cada vez mais a profissão dos jornalistas estarão ligadas às redes. Me pergunto quem terá acesso a essa nova versão da TV ou à essa nova versão da internet. As classes mais baixas terão acesso? Ou continuaram assistindo a boa e velha TV.
ResponderExcluirFernanda Silva Araújo
Um mundo de possibilidades, o Google TV tem uma característica única que se diferencia do que temos hoje, no quesito programação televisiva: O CONTEÚDO QUEM ESCOLHE É O TELESPECTADOR-INTERNAUTA.
ResponderExcluirEsse é um grande desafio para os futuros jornalistas que gerarão conteúdos para a mídia que se converge por vários meios. Isso me faz pensar em como não se repetir e não ser redundante? Como chamar a atenção do público para se aprofundar em um determinado assunto,se ele pode saber de tudo e até, escrever ele mesmo desenvolvendo posts sobre vários temas? Complicado, intrigante ou cenas dos próximos cápítulos no google ou na tv?
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ResponderExcluirA criação do Google TV, além de ser um grande investimento e mais uma inovação para área, poderá contribuir efetivamente em nossa carreira. Além do Google, já existem outras formas de se assistir TV. Projetos com essa mesma plataforma serão desenvolvidos, o que eu irá contribuir para área, criando mais espaço para produção. Apesar do projeto ser uma forma diferente de ver televisão será um grande desafio, pois, também será um nova forma de se fazer TV. Será necessário ter equipes que saibam trabalhar para várias plataformas e criando uma programação multimídia.
ResponderExcluirJornalistas ou publicitários, devemos sempre estar bem informados sobre novas mídias em desenvolvimento, pois são pra elas que todo nosso trabalho está direcionado. O profissional de comunicação não deve apenas pensar em produzir conteúdo, mas deve pensar ONDE vai publicar esse conteúdo. Essa tecnologia da Google abre várias possibilidades para isso, fazendo o uso da interatividade, uma das grandes ferramentas desenvolvidas para a comunicação na última década.
ResponderExcluirA Google e seu crescimento frenético faz com que os internautas evitem procurar outro tipo de portal, local onde podemos fazer pesquisas e agora até vê TV isso acaba fazendo com que o internauta crie uma fidelidade com o portal no caso Google. Em relação ao bem que trará para o jornalismo acredito que a interatividade será maior e o profissional apto para isso será também necessário, não irá existir um jornalista só para imprenso ou produção mais diversas outras áreas que poderemos atuar graças a essa interatividade, mas o ruim será como atrair um público sendo que o mesmo pode escolher o que ver, quando ver ficará cada vez mais dificil fazer com que as pessoas criem interesse em alguns assuntos e podendo também talvez acabar com o impresso.
ResponderExcluira idéia da Google TV é válida, claro, é importante lembrar que tudo passa por um processo de reconhecimento, o que naturalmente leva um certo tempo. mas todo e qualquer tipo de se disseminar informação tem que ser levado em conta, afinal, o usuário quer maior facilidade e acesso rápido ao conteúdo que deseja.
ResponderExcluirNós, estudantes de jornalismo, temos que ficar atentos a todas as mudanças que estão ocorrendo, visto que será a mídia convergente que teremos que lidar quando sairmos da faculdade com o diploma.