terça-feira, 6 de março de 2012

"Não temos que saber as respostas, mas temos que fazer as perguntas certas", diz apresentador-repórter da TV Cultura


Por Nathália Carvalho - Comunique-se - Qui, 16 de Fevereiro de 2012 12:25



À frente do programa ‘Matéria de Capa’, da TV Cultura, Aldo Quiroga não esconde a paixão pela reportagem. Com carreira que data os anos de 1990, o jornalista vê o trabalho do repórter em todos os momentos. "A reportagem é a alma do jornalismo. Seja qual for a função exercida no momento, a reportagem faz parte do dia a dia. Qualquer jornalista é repórter quando exerce, por exemplo, uma função básica a todos: checar a informação", diz.
Autor de trabalhos que, certamente, ficarão para a história do jornalismo brasileiro, Quiroga explica que o principal é sempre pensar como repórter, ter na ponta da língua as seis perguntas do lead, "afinal, não temos que saber as respostas, mas temos que fazer as perguntas certas", afirma o  profissional que, além de apresentador e repórter, é professor do curso de jornalismo da PUC de São Paulo.
Quiroga foi responsável pelo desenvolvimento do vídeo reportagem em 1996, na TV Cultura, e, assim, flagrou acontecimentos que marcaram o País, como a reintegração de posse na zona leste de São Paulo, num terreno da CDHU, que resultou na morte de três sem-teto, Crispim José da Silva, Geraci Reis de Moraes e Jurandir da Silva.
“Gravei a ação como vídeo repórter para o telejornal ‘60 Minutos’. Com minha câmera, registrei e narrei a morte de um dos sem-teto, o Jurandir da Silva. Ainda em início de carreira, o fato deu cor e cheiro, coisa que repórter de rua conhece bem, aos relatos distantes de abuso e despreparo policial para as questões sociais”, conta.
Apesar das mudanças ao longo dos anos, Quiroga acredita que novas tecnologias dão cada vez mais possibilidades para a presença do jornalista em todos os lugares. Para ele, no entanto, a essência do jornalismo é a reportagem como prática do questionamento a serviço do interesse público e isso não deve mudar nunca. “Quem não entende a importância da reportagem para o jornalismo, não sabe diferenciar um profissional de relações públicas de um jornalista profissional”, afirma.

Prezadas e Prezados, aproveitem para, a partir da reportagem com o Aldo Quiroga, dar sua própria opinião.

13 comentários:

  1. Gostei do Aldo ao afirmar que "Quiroga explica que o principal é sempre pensar como repórter, ter na ponta da língua as seis perguntas do lead, "afinal, não temos que saber as respostas, mas temos que fazer as perguntas certas", afirma o profissional que, além de apresentador e repórter, é professor do curso de jornalismo da PUC de São Paulo.Nós futuros jornalistas temos que correr atrás da informações...fontes, saber questionar, investigar tudo antes da pessoa que vai fazer a reportagem,tem que ser profissional.As informações hoje são mais rápidas no jornalismo on line, ou web jornalismo.As mudanças estão aí e cada vez mais rápido.

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  2. O jornalista é um profissional essencial em nosso mundo globalizado, deveria ser um profissional ético, preocupado em não só contar um fato, mas saber contá-lo, é o que enfatiza Aldo Quiroga. Todos sabem escrever, mas a linguagem acessível para cada público só sabe quem tem o dom de escrever, traduzir com imparcialidade as várias versões de qualquer tema.
    Jornalismo é feito com boa escrita, apuração, informação e leitura. Técnica e prática são adquiridas com trabalho. Há uma relação de afinidade completa entre a mão que escreve e a cabeça que pensa.
    Aldo Quiroga faz um trabalho competente e também tem contado com sorte, “coisa” que todo repórter deve ter. Sua matéria e imagens sobre a morte no terreno da CDHU correram o mundo todo.
    Luciene Indiani

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  3. Tatiane Kely Ribeiro16 de março de 2012 às 11:54

    A reportagem que tem como pressuposto checar a informação é a função básica do jornalismo. Neste exercício cabe ao repórter saber fazer as seis perguntas do lead. Concordo com Aldo Quiroba quando diz que novas tecnologias cooperam com a atividade jornalística, como a reportagem em vídeo que é capaz de alcançar um público bem maior de espectadores da notícia atraídos pela imagem e aúdio. Pois a busca pela informação é um serviço de interesse público, portanto deve se valer de todos veículos possíveis.

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  4. A reportagem e um dos carros chefes do jornalismo, quando se pensa em jornalismo deve se associar `a reportagens, pois sao elas que checam a informacao .Concordo que o jornalista deve saber as perguntas certas, mas de certa forma deve saber as respostas tambem, pois deve fazer uma boa apuracao em cima do tema, para estar bem preparado para a reportagem.

    Tomas Pires

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  5. O trabalho de reportagem é a essência do jornalismo. Dentre várias características, a curiosidade deve ser a que mais aflora nos profissionais da área. A sede pela informação transforma um trabalho regular em uma grande reportagem, do tipo que possa entrar para a história, como o caso do Quiroga em SP.

    É importante não deixar as novas tecnologias interferirem no trabalho de campo do repórter, o mais importante. Uma entrevista in loco tem muito mais qualidade que um uso alternativo das tecnologias atuais, como rede sociais, e-mails, etc.

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  6. Concordo quando Aldo Quiroga, relata que “a reportagem é a alma do jornalismo”, temos que ter essa essência na alma, sair com nossos maquinas, nossos bloquinhos de anotações, e claro nos manter sempre atentos, pois, a qualquer momento a noticia pode aparecer e nos surpreender, e como Aldo Quiroga diz não precisamos das repostas certas, mas sim das perguntas certas, e isso podemos fazer com o lead.
    As novas tecnologias com certeza vieram para agregar as possibilidades de espalhar o jornalismo em todos os lugares.

    Gisele Sena

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  7. Lailiane Freitas Moreira21 de março de 2012 às 14:09

    As palavras ditas pelo Jornalista Aldo Quiroga são um incentivo para quem escolheu essas profissão, pois o jornalismo nunca pode perder o seu papel social. Através da realização de reportagens, temos a oportunidade de nos depararmos com as mais diversas situações, e de sempre contribuir de alguma maneira para a melhora da sociedade. Ter um olhar sempre atendo é essencial para quem realmente quer trabalhar com jornalismo.

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  8. Com certeza o que Aldo afirma é verdade, a “reportagem é a alma do jornalismo”, como dar vida a uma noticia sem a reportagem , que explica, narra, mostra e principalmente da certeza do que é falado.Com certeza as perguntas certas nos trarão as respostas corretas. Se você chega com a ideia e não sabe o que perguntar suas respostas serão somente monólogos, sim ou não, podendo partir para um, eu não entendi sua pergunta. Então vamos procurar as perguntas certas para termos as respostas que falarão por nos.

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  9. Realmente saber perguntar é um diferencial no repórter, concordo plenamente com o que foi dito, alias outras coisas também são importantes, a sensibilidade do repórter também é algo importantíssimo, além de saber perguntar tem que estar sensível ao desenrolar da entrevista para saber encaminha-la da melhor forma, e atenção é sempre também um aspecto a se tomar cuidado, em uma pergunta feita o entrevistado pode responder duas perguntas ou até mesmo te dar pano para um outro assunto.

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  10. Em primeiro lugar o que precisa ter é paixão pela reportagem. Saber fazer as perguntas certas exige muita dedicação por parte do profissional no momento da pesquisa e estar atendo ao que o entrevistado diz, pois a partir desse ponto o rumo da entrevista pode mudar por completo. Junto com o profissionalismo, que é a capacidade de fazer acontecer, é imprescindível a ética. Quem leva informação ao público é um dever ser ético mais que tudo. É sempre muito gratificante ver um bom profissional atuando no que tem paixão e ainda poder ensinar com sua própria vida outros que buscam o mesmo em para si.

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  11. Uma apuração minuciosa é o que diferencia uma boa reportagem de um simples 'noticiar um fato'. Escrever e reproduzir o que vários outros veículos estão falando é uma maneira fácil de fazer jornalismo, mas com certeza a menos acertada. Apurar se o que está sendo dito, o que de fato aconteceu, verificar com fontes e ter certeza do que elas disse é o que oferece credibilidade a reportagem. Nesse processo de construção, o jornalista não precisa, como disse Aldo Quiroga saber exatamente a resposta, mas precisa saber o que e como perguntar ou abordar a fonte para que ele obtenha uma reposta que será útil e decisiva na construção da matéria.

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  12. Não bastam os conhecimentos teóricos no fazer jornalístico, a prática jornalística nos apresenta diversas surpresas ao ponto que temos de ter olfato apurado para a notícia e a forma correta de realizar uma boa abordagem.

    A sensibilidade de um jornalista está em ouvir e não apenas escutar, observar e não apenas ver o fato, além de tudo ter o cuidado em como alcançar o seu público, como falar de uma forma casual e que ao mesmo tempo se torne diferenciada.

    Podemos apontar como alguns autores ressaltam os elementos básicos em um processo de reportagem, que são eles: A pesquisa, a observação, a documentação, a entrevista, a checagem e claro o envolvimento.

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  13. Adorei este texto. Um alivio frente as postagens anteriores. Claro que paixão, tesão, interesse, boa vontade e afins contam muito na formação de um jornalista mas o principal, o grande diferencial é sem sombra de duvidas a TÉCNICA.A técnica é o instrumento pelo qual o jornalista produz a
    reportagem. Quando Aldo Quiroga afirma que precisamos "temos que fazer as perguntas certas" ele afirma que precisamos trabalhar com técnica, com o cérebro e não apenas com o coração.

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